terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Tu serás o farol do meu remorso
Penitenciando-me a cada dia
Por eles ao peso vergada
Já sem a luz que m'aquiete

São tantos que vergam meu dorso
Caminho para esse farol que m'alumia
Por meu doloroso fardo arrastada
É como a mortalha que se veste

Meu remorso que sabor horroroso
E este sol, é a roca a fiar-me
E esse pensamento pavoroso
Será meu farol a testar-me

Tu serás o farol do meu remorso
Tu és a minha contricção
Persegue-me esse som d'outrora
Alquebro-me, encurvo-me...

Jamais terá fim meu remorso
Jamais serei digna de perdão
Já não antevejo a aurora
Sómente de mim apiedando-me
Zedlav