terça-feira, 19 de dezembro de 2006

No meu mar há temporal
Barafusta contra a poluição
A espuma revolvida
Redemoinha no ar

Tanta sandice é-lhe fatal
Tenta ainda chamar a atenção
Porque nele há tanta vida
Que o deviamos só amar

É cinza e negra a cor
Que tinge este meu mar
As vagas cerram ainda mais
E o mar ruge...

As ondas sobem e descem com rancor
Vertiginosamente como a calar
Soluços, brados e ais
Mais uma vaga ao longe surge

É uma cavalgada desenfreada
As algas desprendem-se
E vestem a areia com um manto
É o mar alvoraçado

É um cantar este amargurado
Talvez sejam as sereias em pranto
Contra as rochas as ondas arremessam-se
É vento do oeste na madrugada
Zedlav