terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Meu fuso de sonho
Serei eu uma visionária?
Um a um aqui os deponho
Dirão talvez que temerária

Dobo-os num novelo tecendo
Será a sombra que projecta
Daquilo que vou vivendo
Ou sómente mia alma de poeta

E o tempo grita-me estou a envelhecer
Mas algo em mim sempre e sempre gera
A vida que em mim passa a correr
Mas revivo logo chegando a primavera

Moça não sou mais, mulher ainda
Mia alma de sonhos a transbordar
Dobo, dobo mesmo sem luar
A noite para mim é sempre linda

Meu novelo é imenso
Dobo-o no meu fuso de sonhos
Nada é tão intenso
Jamais os acho enfadonhos
Zedlav