sábado, 9 de dezembro de 2006

Já não há ternura
Dentro de minha existência
Tudo feneceu com a paciência
Até meu interior de formosura

Ser feliz, infeliz, qu'importa
Se a vida vamo-la suportando
Quero agarrar, não é pós morta
Essa ternura que m'está faltando

Porque tive de ser eu a escolhida
Para tanto desdém de vós obter
Tanta vez já pensei na partida
Não o fiz, esperando o sorriso colher

Tanto amor em minha vida semeei
Dei-me tanto que p'ra mim nada sobrou
Hoje soluços em mim estrangulei
Em demasia a minha alma por vós penou

Caminho só,sem sol neste caminho...
Sem céu, sem nuvens
Caminho!... triste devagarinho
Queria aquilo que de sobras tens

Uma conversa, uma carícia
Só mesmo de vez em quando
Isso para mim já chegaria
Não só, sentir-me sobrando

Cansei, mesmo a vida....
Não quero isto mais
Assim digo chega, jamais

Eu só queria mesmo ternura
Alguém em meu colo sentar
Da minha pessoa necessitar
Só queria ser tratada com brandura
Zedlav