sábado, 9 de dezembro de 2006

Para ti amigo, desconhecido
Que em tuas baladas m'embalei
Meu coração tão duramente dorido
Em teus fios, tantas vezes refúgio busquei

Para ti amigo, desconhecido
Por ti voltei a ter a esperança
Num mundo que pensei empedernido
De ti não quero ficar, só com lembrança

Para ti amigo, desconhecido
Com teus poemas, teu cantar
Refiz meu pensar ferido
No mundo, no homem voltei a confiar

Pois tu amigo, desconhecido
Sem saberes, sem reparares
Fizeste com que meu poema d'amor sofrido
Se tornasse menos sombrio, com mais donaires

Não vás amigo, desconhecido
A minha vida foi cheia de perdas
Para mim és tu, és alguém querido

Para ti amigo, desconhecido
Não nos prives do teu carinho
Por um alguém qu'é alguém esquecido
Por isso te magoa, por ser mesquinho

Não vás agora que vos descobri
Não me digas tu ADEUS
As pazes com a vida fiz, devido a ti
Não vás embora, não me digas ADEUS

Eu sou aquela que na vida
Passei como uma sombra, como nada
Eu era aquela que s'olvida
Hoje penso, sou alguém, como 'stou mudada

Amigo também eu quiz partir
Mas amigos tive, que não deixaram
Pois a Sanzala não te pode deixar ir
Teus poemas amigo minha alma sararam

Zedlav