quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Essa musica que toca
que dizias ser meu chamado
vem, deslumbra, fica...
é um grito deseperado

É dor, é vazio, é tristeza
é tudo aquilo que ficou
um sonho repleto de leveza
tão oco qu'alma esvaziou

A musica ouço...
sol faça...
chuva caia...

Porque a ouço
restou dessa
alma tua vazia

zedlav

Afinal não vens mais
vou ficar por ti esp'rando
esperando que algo termine
mas não vou forçar mais
para sempre vou-te acariciando
no espaço, até qu'algo ilumine
nossa estrada se cruze
e deixe de ser culpa minha
esta renúncia, qu'algo reluze
para sempre tu...
Sómente é tão antigo
não queres que eu mude?
quero apenas a sensação
de contigo compartilhar
todos os nossos pedaços d'emoção

zedlav


Lá longe, tão longe de mim
vives uma vida p'ra mim desconhecida
não entendo como o consegues
perfumes de teu corpo que não conheço
jeitos de falar, ou franzir a testa
passei tempo a pensar em nosso destino
e em noites frias contigo não compartidas
busquei nas palavras de outrora
o calor p'ra minha alma desvalida
e o nada em meu redor tão frio

zedlav

sábado, 3 de novembro de 2007


50 anos sem história
ou tantas histórias p'ra contar
olhando p'ra trás, fico a meditar
só tristezas restaram na memória

Que fiz eu de mia vida?
Desta que Deus me deu!...
Fiz dela uma vida sofrida
a f'licidade, ah, onde se perdeu?

Sempre fui aquela
qu'outros buscam
como amiga quando ninguém têm
e logo após a olvidam

Pedaços de mim como me tratam
como alguém que é invisível
o amor esse m'abandona
é terrível!...

50 anos desperdiçados
sem nada ter feito por mim
anos e anos passados
que passaram por mim

Futuro, agora?Que futuro?
se passado não tive
se o presente igual e duro
se sempre da vida m'abstive

Sou nada, silenciosa e calada
p'ra ninguém incomodar
entre pinceis, livros e a pena
que silenciosamente deixo deslizar

Como queria chorar, chorar...
as lágrimas no passado ficaram
mia desdita horrorosa fizeram-nas cair
mia alma, meus olhos secaram

Ficaram os sulcos gravados
em mias faces, dos tormentos
dos dias, de pão amargados
em que meus sentimentos
ficaram amortalhados

Restou ainda uma doce piedade
por esta que da vida tanto lutou
e jamais teve a felicidade
de concretizar o que SONHOU

zedlav