sábado, 25 de dezembro de 2010

Hoje é dia de Natal, de cor e magia
Fui com a Pecas visitar-te e rezar
onde fomos não há cor nem alegria
dizer que te continuamos a amar

Eu que sempre detestei cemitérios
meus passos para lá me levam
chego sento-me na tumba ao lado
e perco-me em monólogos contigo

As horas não as sinto passar
Também já ninguém me espera
quero as horas ultrapassar
p'ra não pensar nesta dor que desespera

Como desta quadra gostavas
teus olhos de alegria brilhavam
ao ver nossos filhos as prendas abrir
tudo nesta época te fazia sorrir

Tuas mãos repletas de prendas
amigos, vizinhos, família
ninguém era esquecido
meu Rui meu querido

Fui ao cemitério contigo conversar
sabes tenho receio que na outra vida
que tantos apregoam não te vá encontrar
Só quero quando morrer contigo voltar a estar