sexta-feira, 2 de março de 2007

Ai de mim, que vagueio
cega, apalpo meu caminho
aí de mim p'lo que anseio
desta vida neste torvelinho

Dizer que sou, fui feliz
rebusco em mias memórias
concluio, quase fui por um triz
nem quando eu queria histórias

Nessa altura sonhava ser madre
recordo nitidamente essa fase
apesar de pequerrucha, meus altares
minhas queridas e inventadas preces

recordo com horror, minha doença
o medo , o terror aos negros
a horrível e constante sensação
da morte,da guerra,dos massacres

Apercebi-me na escola dessa triste
e martirizante realidade
o medo, oterror, mas não da opressão
dos negros da sua triste verdade

Cresci com o medo
mas sem o confessar
uma história sem credo
muito medo a ocultar

Zedlav