sexta-feira, 2 de março de 2007

Olho-me ao espelho...
antigamente com que desvêlo
hoje nem em mim reparo
se só com rito de tristeza deparo

Vejo toda uma fita no espelho
a fita negra de vida enlutada
a fita dramática num desfecho
como num conto bem encadernada

Olho-me ao espelho...
e nada de mim vejo
sorriso, lágrima, só desmazelo

Busco refúgio de minhas penas
nestes breves versos,quadras sei lá
gosto das noites, porque são amenas
só o sono e aquela esperança vã

Quando a noite caí e tudo escurece
cerro de mansinho meu ninho
ao mundo que tudo embrutece
e cavalgo para ti, para bem pertinho

Zedlav