domingo, 17 de dezembro de 2006

Tudo começou sem m'aperceber
Todo um encanto me rodeou
Em ti com sofreguidão quis beber
A paixão sem rédeas despoletou

E eu sem resguardos m'envolvi
Numa atmosfera de delírio
Queria ficar, mas fugi...

Era um mar calmo de amor
Sem reticências, nem adeus
Era adorada com tal fervor
Os pensamentos deixaram de ser meus

Com as estrelas dancei
A lua ouviu meus segredos
Ao mar de meu amor contei
Estremeci quando soube dos enredos

Como toda a bela odisseia findou
Quando o dia o mar
Com ciúmes para ele te levou
Pobre coração não mais quis amar

Anos, tantos, passaram
E do restolho, surgiu uma loucura
Tantas vezes reprimida
Longe foram as horas

O coração voltou a chorar
Vendo o mar levar num navio
Esse amor de amar
Mas sem chama nem pavio
Zedlav