Silêncio que contam
Os poetas angolanos
Falam de escravatura
E do colonialismo
De seus sonhos falam
Agora em sua terra sob'ranos
Mas não existe ainda cura
P'ra uma vida de racismo
Silêncio que choram
Os poetas angolanos
Seus poemas sob lápides escrevem
Seus mortos de todos estes anos
Eles ainda não cantam
Seus versos africanos
Apenas descrevem
A dor passada e presente
Um passado de escravatura
Toda uma vida de servilismo
Em suas quadras toda a candura
E demasiado civismo
Sua vida errante
De toda uma fuga há guerra
África sua eterna amante
Serão felizes doravante
Zedlav
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