segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Pela fazenda eu corria
Enquanto o ribeiro serpenteava
Já ai castelos eu desenhava
Enquanto brincava com alegria

O cheiro a mato m'encantava
Tudo p'ra mim então era misterioso
Mesmo quando de cabelo ao vento
O verde capim prescrutava

Fazia mentalmente histórias
De princesas encantadas
Eram tão poucas minhas memórias
Mas eu só brincava com fadas

As antigas argolas nas paredes
Faziam-me estremecer
Ouvi relatos de meu avô
D'escravos para nunca esquecer

Naquela minha fazenda
Os sons misturavam-se com odores
Ir para lá era para mim uma prenda
Aquele céu cheio de cores

Naquela casa grande
Onde ainda nas paredes s'ouvia
Risos, amor e magia
Zedlav