sábado, 9 de dezembro de 2006

Sei que não têmos mais tempo
Nem o tempo que têmos
Já tão pouco é, pois ele passou
E olhando hoje para trás, não o vêmos

Sabemos apenas que o tempo que passou
P'ra nós só tão pouco restou
Pois dele nada, nada ficou
Lembranças!?...

Nem o tempo que têmos
Vamos poder usá-lo ambos
Sair por aí abraçados,
Deslumbrarmo-nos com o ocaso

Sentarmo-nos abraçados
Falar de coisas do passado
Que dele nada têmos em comum
Só este grande amor enraizado

Extasiarmo-nos com o pôr de sol
Vendo-o cobrir os céus
Sempre com teus olhos nos meus
Até que morresse o último raio de sol

Sei que não brindaremos
O nascer do sol enroscados
Num mesmo cobertor

Pois os caminhos trilhados
Bifurcaram-se e nos perdemos
Por isso nossa aguarela
Tem outros sombreados

Quando o tempo se sobrepor
Vamos somente sonhar
Por todo esse tempo que passou
Mas qu'importa se te voltei a encontrar

Zedlav