sábado, 9 de dezembro de 2006

Naquela cama, de colchão
Cheio de penas e solidão
Não vou passar mais noites, só
Cansei de por mim ter tanta dó

Não quero mais encher meu corpo
Sómente de sonhos voluptuosos
De carícias que me são negadas

Vou em busca do meu sopro
De noites e dias maravilhosas
Vou deixar-me inebriar-me de mias fantasias
Vou acordar dessas noites embriagadoras

Cansei desse poema tristinho
Repleto de candura, tudo escondendo
O que de melhor, há em mim
Porque furto um desejo, de mim esquecendo

Dou voltas nesse colchão
Cheio de penas e solidão
Porque nele encontro o vazio
D'alguém que por mim sente fastio

Então tenho direito a não esconder
A tudo de volta eu querer
Meu corpo vasculhado com frenesim
E eu soletrando a palavra, sim...

Porque ter de esconder
O melhor que há em mim
Deixar qu'o mundo aconteça
E para mim nada peça!...

E rio...até que enfim...
Será que não é utopia?
Eu vivo de sonhos, sim
Quero mais, não mais serve, queria!...

Zedlav