quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Que poesia poderei eu fazer
Se minha vida se quedou
Como poderei rimar sem temer
Quem há muito se findou

Que poesia poderei eu fazer
Se a vida está deixando de ser boa
Parece que vou numa nave à toa
Sem rumo até embater

Que poesia poderei eu escrever
Se secou a minha fonte de lazer
Bem que entôo melodias
Mas ela a mim não responde há dias

Que poesia poderei eu fazer
Se o mar longe de mim está
Quero e tenho ganas de viver
E deixar tudo estar como está

Uma poesia de mim queria que saísse
Mas uma brânquea... tolda-me
Um novo ser em mim, moldo-me
Como se barro, desabrocha-se e saísse

Zedlav