Que poesia poderei eu fazer
Se minha vida se quedou
Como poderei rimar sem temer
Quem há muito se findou
Que poesia poderei eu fazer
Se a vida está deixando de ser boa
Parece que vou numa nave à toa
Sem rumo até embater
Que poesia poderei eu escrever
Se secou a minha fonte de lazer
Bem que entôo melodias
Mas ela a mim não responde há dias
Que poesia poderei eu fazer
Se o mar longe de mim está
Quero e tenho ganas de viver
E deixar tudo estar como está
Uma poesia de mim queria que saísse
Mas uma brânquea... tolda-me
Um novo ser em mim, moldo-me
Como se barro, desabrocha-se e saísse
Zedlav
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