quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Que poderei escrever eu
Que já não tenha sido
Dissecadamente escrito
Escrever por escrever o farei
Pelo pleno gozo que isso me traz
Porque na escrita busco a paz
A noite de um ano que s'apaga
E que outro como um rebento
Ali pronto para ser aberto
Desfolhado, usufruído
Uma noite triste, alegre!?...
Uma noite sózinha passada
Mil músicas que viessem
Tão pouco me acordariam
Estou numa fase de esvaziamento
Todo um passado complexo
E só após isso sim, por fim
Tentarei preencher com coisas
Que selectivamente hei-de colher
Este espaço vazio tão dolorido
Tão penosamente vivido!...
Vou então aprender dizer que vou
Aprender a viver o dia a dia sem pressas
Mas não mais crédulamente
Estou aqui me quedo só
Vendo estrelas multicores rebrilhando
Os morteiros no céu, é um festival,
Colorido...garrido...
Tudo vai apagando, até que o último
Festeiro déita o último foguete
As luzes s'apagam
A festa acabou,
Um novo ano há começado
Zedlav