Porque o sorriso pára
Porque nunca agarrei o arco-irís
Porque só o som que me dilacera
Porque nunca nada tive
O sorriso nesta máscara
Abandona-o assim que ouve o remanso
A queda d'água das lágrimas
Em cascata saltitam dançando
E eu agarro uma gotinha
E aquela lagriminha
Tão humida, tão humilde
Esfuma-se no vazio da vida
E a cascata volta ao seu ritmo
As lágrimas em turbilhão
Dentro de mim ressoam
Por vezes arrancam um gemido
Mas logo esse suspiro
Vira um triste sorriso
E eu finjo
Finjo que sou um sorriso
Zedlav
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