sábado, 9 de dezembro de 2006

Porque o sorriso pára
Porque nunca agarrei o arco-irís
Porque só o som que me dilacera
Porque nunca nada tive

O sorriso nesta máscara
Abandona-o assim que ouve o remanso
A queda d'água das lágrimas
Em cascata saltitam dançando

E eu agarro uma gotinha
E aquela lagriminha
Tão humida, tão humilde
Esfuma-se no vazio da vida

E a cascata volta ao seu ritmo
As lágrimas em turbilhão
Dentro de mim ressoam
Por vezes arrancam um gemido

Mas logo esse suspiro
Vira um triste sorriso
E eu finjo
Finjo que sou um sorriso

Zedlav