domingo, 17 de dezembro de 2006

Os raios da manhã
Espreguiçam-se pelas arribas
O sol tímidamente brilha
A areia húmida da noite
Abre-se beijando os raios
O mar voluptuosamente
Abraça e acaricia a areia
Tudo já é dia
As pessoas apressadas
Passam ensonadas
Os pássaros chilreiam
Contando peripécias
Da noite acabada
As gaivotas voam
Tudo está em seu devido lugar
Só eu aqui não pertenço
A este mundo, a este lugar
Abro os braços
Tentando tocar os raios
O céu azul sem nuvens
Mistura-se com o azul do oceano
Não pertenço aqui
Não pertenço a lugar nenhum
Zedlav