domingo, 17 de dezembro de 2006

Vou caminhando até à falésia
Lembrando de ti Angola
Prescruto nos espaços
Ouço gritos das gaivotas
Uma lágrima quente derramada
Resvala vagarosamente
Tudo s'esfuma
Num vaivém tresloucado
Eu só quero recordar
Esse tempo, essa Angola
De luxuriante verdura
Com os rios serpentendo
Como cobras s'enroscando
Numa saudade imensa
Desse pôr de sol avermelhado
E a tristeza infinita m'invade
Essa dor que comigo caminha
Pois tanta é a saudade
Que em meu espírito predomina
Sinto-me então tão sózinha
Com essa saudade de lembrança
Com toda uma imensa vontade
De partir para ti minha terra
E choro com pena e saudade
Zedlav