domingo, 17 de dezembro de 2006

Lentamente me vou despindo
Olho-me ao espelho
E vejo-me ainda vestida
Com o manto do passado

Meu semblante crispado
Imagem em mim retida
Desse sonho tão velho
Mas sempre presente e lindo

Um vinco de amargura
Em minha face aparece
Sei que nada nem ninguém cura
Esse sonho que me padece

E este manto do passado
Que me cobre e asfixia
Que me lembra meu amado
Reveste-me do purpura da nostalgia

Há tanto que te perdi
Nessas ruelas do mundo
Da paixão desisti
Mas esse amor calo bem fundo
Zedlav