segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

O tapete amarelo avermelhado
Das folhas nas calçadas
Torna tudo tão bucólico...

Esta paisagem d'aspecto melancólico
D'árvores nuas, folhas calcadas
De tapetes por elas formado

Tudo me fala d'alguém do mar
Para quem nunca deveria olhar
Ao fim do meu caminho espero
Que tu apareças é o que eu quero

As brumas na minha vida
Desceram vertiginosamente
...descuidadamente...
Fiquei estupidificada, ferida

Não contava com tal episódio
Sobrevivi com garra e luta
Da vida jamais quiz o espólio
Sempre me vi na labuta

Desde que me conheço
Este orgulho, a impulsividade
A ninguém nada peço
Gero minha vida p'la bondade

Cresci Jamais desviando
Da meta qu'a mim própria
Impus, eis quando
Vi quanto eu demais sofria

O passado ficou algures
Não o recordo só presente
E é neste que mia alma sente
Que d'um passado surges

Fantasmas d'amores não resolvidos
Que se suponham já banidos
Eis que fantasmas se impõem
Na realidade nos albarroem

As brumas descem sorrateiramente
....traiçoeiramente....

E se no final da linha
Estivesses por mim esperando
O grande amor eu tinha
Deixaria de viver vegetando

Mas no final estará
Tão somente nevoeiro
A bruma m'esperará

Zedlav