domingo, 10 de dezembro de 2006

Minhas mãos tão cheias
De lágrimas orvalhadas
Espírito meu tão doente
Meu corpo p'la vontade quebrado

Minhas mãos tão cheias
De lágrimas molhadas
Meu espírito contigo está sempre
Já não posso viver sem ti a meu lado

Minhas mãos tão cheias
De intempéries de amargura
Meu rosto sulcado de trilhos de tristeza

Quero falar-te já sem ideias
Sem teu balsâmo p'ra esta tortura
Prefiro a morte com certeza!...

Minhas mãos outrora
Tão cheias de força e vida
Estão trémulas por dentro e fora
Estou completamente perdida

Agora minhas mãos vazias
Agarram-se a um naco de nada
São como a vida só marés vazias
E desertos de tempestades empoeiradas


Zedlav