sábado, 23 de dezembro de 2006

raiva

Há-de o dia chegar
em qu'a espada da vingança
da revolta há-de segar
espero essa bem aventurança

Por ora pacientemente
os dia, meses vou vendo
passando negligentemente
a amargura vou absorvendo

Nas asas da intempérie
deixei-me nostálgica ir
enquanto observo a barbárie
tão tolamente sorrir

E a derrota de mim não faz parte
da vingança que Deus não m'aparte
e por esse dia espero na calmaria
olhando o sol e a noite de cada dia

E quando a espada bramir
ouvirei soluços e gemidos
e por ora os que podem sorrir
chorarão na dor feridos

Zedlav