quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

O sol está quase a pôr-se
Num outro dia qualquer
Sem por ti já esperar
Por nada mais já esperar

O mundo debruça-se
Sobre si mesmo
O outono já se foi
A ferida ainda tanto dói

Á tanto já eu me esqueci
O tempo tudo levou
A mágoa diluiu-se na chuva
De mim nada mais sobrou

O vento traz-me de mansinho
As sementes de uma vida
O adeus do meu triste lencinho
D'uma vida em que só sai ferida

Hoje já não digo aquele adeus
Prescruto os longes da memória
Nesses que já nem são mais meus
A vida em mim teve a sua vitória
Zedlav