quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Numa desvairada e vã tentativa
quero tua boca formosa esquecer
no orgulho-me escudo-me evasiva
olvidar tantas traições d'estarrecer

Murcha meu jeito de ser
torno-me uma pedra carcomida
cada dia de hoje tento conceber
um eu de escrupulos desprovida

E este eco ressachando
por mia alma tão destroçada
o soluço vou abafando
mia alegria ó vida quebrada

Porquês!?...de mim tudo exigem
e eu de mim exigindo...
um voltear de página também
mas no descrédito submergindo

Fechei a porta á lua
ao sol, á brisa, ao sonho
vi a vida em mim desmoronar
com todo o mundo a presenciar

Meu moinho ruiu
o orvalho marcou caminho
nesta que já fui...
Zedlav