quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Meu fuso de sonhos
De tanto girar, partiu-se...
Vazio, pesadelos medonhos
O sonho á realidade abriu-se...

Deus desse á minha alma
Uma nova vida no mundo
Dizer não há tristeza que fecundo
O sonho andaria na mia alma

E aqui num sopro,
Esse tempo que corre
Grotesco e barulhento
Meu fuso quebrou-se...morre...

Cega dos céus me desnudo
Encharco meus olhos agora só
Nesse vazio tão fundo...
Rumo tão só que meto dó

Meu fuso de sonhos
Razão ainda de mia existência
Quebrado em mil pedaços
Vilmente arrancado de meus braços

Solitária agora me quedo
Meu corpo envolvo num abraço
Nada mais tenho, só me restava
Meu fuso com que sonhos sonhava
Zedlav