quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Mãe, o som perde-se na distância
Mãezinha minha querida
A lágrima rola, deslizando, devagarinho
Olho e perco-me esquecida

A lágrima da intransigência
Mãezinha minha querida
Silenciosa, dolorida, sem carinho
Brilha um instante, caí vencida

A lágrima quente sulcando
Esta minha face envelhecida
De mim meu luto trajando
Adoro-te minha Mãe querida

A lágrima pode cair sem a puder evitar
Abrindo sulcos, que só gente de bem tem
Pois não pudemos o mal jamais travar
Mas o bem posso apregoar pois de ti advém

Amo-te minha Mãezinha querida
Mãe cujos olhos retêm a eterna saudade
Do Karimbambu, cantado na picada
Por meu Pai, que cantava com vaidade

Que momentos belos retenho na memória
Karimbambu cantado, o mato passando
Minhas 4 manitas, avó,Mãe,minha história
Passa por Karimbambu meu pai cantando

A lágrima restolho de passado caindo
Minha Mãezinha querida adoro-te
karimbambu cantei com a lágrima caindo
Pois todos morreram, Pai, Avó, Bélita
E eu tão só fiquei só com o Karimbambu

Minha Mãezinha querida
Zedlav