domingo, 22 de abril de 2007

O batuque rompe p'la noite calada
os animais calam-se, o vento pára
o som chega cada vez mais forte
e eu deixo-me ir p'lo som embalada


Som que minhas noites enfeitiçava
por mais anos que viva não esquecerei
a batucada que dos longes a mim chegava
eu adormecia p'lo som que me inebriava

Sonhava então, que até eles chegava
com missangas coloridas, o merengue
com alegria ou com tristeza dançava
até que a madrugada rompendo chegava

Em noites de batucada eu sabia
que existia óbito na sanzala
Ai ele era tocada com nostalgia

Em noites de batucada eu sabia
que havia nascimento na sanzala
porque era tocado com tanta magia

Agora já não tenho a batucada
mias noites de magia desapareceram
já não me sinto enfeitiçada
os sonhos... ficaram na batucada

zedlav