domingo, 4 de março de 2007

Sinto uma imensa angústia
Por esta louca solidão
Quero viver.E é esta ânsia
Que m'ergue nesta podridão

Neste deserto, perdida
Que estrada seguir?
Sinto-me dormente, ferida
tanto me custa prosseguir

Tenho de aprender a viver
neste mundo horroroso
seguir sempre, parar de temer
e adaptar-me ao pavoroso

Parar no tempo, no sentir
em minha asfixiante desilusão
Não quero temer o que há-de vir
Invade-me somente esta frustração

Ergo-me quão devagar
Desta dor, desta traição
Já nem o consolo de me resignar
Estimula minha alma, meu coração
Zedlav