quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Minha menina pobrezita
o vento trouxe a notícia
da tua morte,na nuvenzita
o veneno foi a tua carícia

Que crueldade para ti
tão triste, tão gaiata
olhos verdes, cabelo ao vento

A vida em nada te sorri
foste uma breve balada
cedo carregaste o teu tormento

Tua cruz, filha do pecado
da prostituta,tua vida enlutou
via-te passar com teu fardo
tão pequenina, do estigma não te libertou

No patíbulo da vergonha
cobris-te tua carinha casta
no etéreo oceano da amplidão
elevas-te com tua morte a peçonha
qu'o mundo te quiz lançar fasto
Deus um anjo ganhou, na terra
ficou um imensa solidão

....és mais um anjito
voas-te no sonho da pureza
pobre, apontada, pobrezita
descansa em paz, na glória de Deus

Zedlav