segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Caminho tão lentamente
ao teu encontro, morte
meu corpo dormente
desta vida sem sorte

Vou caminhando
passo, sem passo, sem fim
sem ninguém partilhando
só me tenho a mim

Tudo é tão passado
tão longínquo...
Já nem sei se ele existiu
ou por mim sonhado
é tudo tão ambíguo
minha dor não resistiu

Passo, outro passo e o vento
o passado, o presente
já quase não tenho alento
sou um ser que nada sente

Zedlav