quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Viajo no meu sonho
Outra coisa não mais tenho
A vida esse canto enfadonho
Dela poesia não mais obtenho

Vagueio meu sonho vadio
P'las ruas de um mundo
Cujo conhecimento tardio
Leva-me a imaginá-lo mais a fundo

Sou uma triste viajante
Cujo assento ao lado, vazio
Preencho com um silêncio sonante
Neste meu tocante desvario

Meu sonho viaja oprimido
Por este amor tão recalcado
Quisera tão sómente o zunido
E não um ser tão marcado

O término desta viajem
Eu sei sempre e já de cor
Quisera a sonhada vertigem
Tanto a pedi com fervor
Zedlav