quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Estiquei a mão
no nevoeiro
para a tua agarrar
e perdi-me...
tua mão não encontrei
só o nevoeiro em meu redor
ainda teu vulto vislumbrei
ténuamente...
perdendo-se na neblina
chamei-te...até rouca ficar
o dia fez-se noite
as estrelas não apareceram
o luar vestiu-se de luto
a brisa leve veio colher
tua alma
e levá-la
para esse mundo da luz
onde as estrelas moram
e eu, nem tive tempo
nem a oportunidade
de uma adeus
hoje tudo é saudade
a neblina recolheu
a mão que estiquei
recolhi-a
para as contas de meu rosário
contarem por ti

Zedlav