quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Tive de ir novamente ao Evaristo
Já sabem estas são quadras a granel
Surpreendeste-me, não era previsto
Cipa respondo-te, doce como o mel

E lá vai disto:

Oh Cipa, aí meu bem
Tu bem comportado?
Tu andas medicado?
Este rapaz não está nada bem

Esmeralda, cuida da saúde
Deste Cipa desmemoriado
Com um passado de tanta virtude
Eras mesmo um felizardo

Felizardo, pois assim comportado
Uma tareia nunca levaste
Sendo assim tão ajuizado
Nem de moto andaste?

Ainda bem que tinhas amigos
Para te levarem a cabular
Eu então, eram castigos
Quando me punha a faltar

Que grande saudadeCipa,
dessa cowboiada
Fazíamos nossos pic nicks
Sómente, pão com goiabada

É verdade o que digo
Dáva-nos na cabeça e lá íamos
Ríamos, brincávamos,sem ser preciso
Grandes coisas,éramos mesmo amigos

Meu amigo espigadote
Eu e a Ana de ti lembrámos
Eras um maravilhoso rapazote
Mas de santo nada encontrámos

Recordo um ano,Que levei uma trepa
Pois Chumbei!
Minha nossa,tanta lambada levei
Aí três meses de castigo

Cabelo cortado à escovinha
Ou seja mudei o corte antigo
De comprido, fiquei moderninha

Pois usava-se um corteNa berra,
com nome giroCorte à Napoleão
lembraste?Meu pai passou-se comigo

Mas isso foi na escola
Lá fui de castigo p'ró liceu
Quem havia d'encontrar
Pessoal pior que eu

Pior que eu havia mais
No meio até era santa
O que lembrava aos demais
Lembranças que a todos encanta

O que interessa, com cábula
É que de ano passávamos
Lá tive um azar, mas vendo hoje
Que bem nos comportávamos

É melhor por aqui ficar
Tanto tenho p'ra contar
P'ra quê o rapaz era sossegado
Nós é que o fizemos mudar

Para ti Cipa com um imenso abraço

Zedlav