terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Hoje que te escrevo
Um sorriso me veio
Foi a lembrança de nosso desvêlo
Foi aquele enorme amor que adveio

Tudo quanto é belo termina
Pelo menos assim o entendi
A vida a todos endurece

Antes que a parte material da rotina
Quebrasse as grilhetas do amor, senti
Alma inquieta, medo que tudo cesse
Vivi o instante sem sepulturas

Sem o pensamento de rupturas
Sem melodramas, nem tornados
Os ventos segredavam-me seus males, nados

Sentia-me com fé e esperança
Na aurora a coragem que não tinha
Quebrei as grilhetas não do amor
Nem da perene lembrança

...e no entanto, todo o amor
Que em meu coração encerra
Hoje trago anseios e muita dor
Sonho doloso que em mim governa

Zedlav