quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Palavras veem e vão
como sonetos
do silêncio emergem
envolvem-nos de rompão
são monólogos, duetos
planam...fenecem

Quero as palavras dedilhar
qual violino fazê-las vibrar
com meu espírito afagá-las
e no ar...soltá-las

Palavras pensadas
em verso dedilhadas
saltitam as palavras
juntamo-las, afastamo-las
mas sentimo-las
por vezes quão amargas

Quero as palavras pensadas
em verso dedilhadas
voltar a agarrá-las
e em mim prendê-las

São a música do silêncio
das imensas paixões
das guerras, das dores
rimas de canções
mas elas têm cores
têm sons
têm cheiro
têm fados e amores
as palavras têm o vazio
das contradições
Zedlav