quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Ó tempo como te queria parar
só vejo o temporal da desgraça
meu leme como te queria virar
sem a dor carregar na mia barcaça

Tanto mal que vejo e nada o amaina
faz-se, rodopia como um tufão
é como uma triste faina...
mas leva a vontade do perdão

Meu leme tento endireitar
minha barcaça oscila
tento não ver e calar
mas minha vontade oscila

Queria aquecer o frio dos possessos
levá-los a um bom porto
nada valem meus arremessos
de compaixão, seu coração é morto

Minha barcaça faz-se ao mar
buscando a minha companheira
a mia solidão p'ra a abraçar
é a única que não é interesseira
Zedlav