terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Neste país sou uma exilada
Dele nada tive, nele nada sou
Caminho por suas estradas cansada
Nele nunca nada me deslumbrou

Quanto tenho aprendido infelizmente
Minha inocência há tanto se perdeu
Tive de amadurecer rápidamente
A confiança essa há tanto que feneceu

Por vezes páro e olho tristemente
A que fui outrora e a que hoje sou
De mim nada existe tudo terminou
Esta hoje que sou tudo lhe é indiferente

Nem sombra da que eu fui
Matei essa mulher tão especial
Pois tudo para ela era essencial
Nesta tudo da vida diminui

Tive de indiferente me tornar
Altiva quantas vezes impertinente
A firmeza eu sei empregar
Mas nunca mais estive contente

Tudo eu fui perdendo
Disso sempre tive noção
Já nem fálo de meu pobre coração
Pois esse eu fui a tudo arrefecendo

Sou neste país uma exilada
Dentro de mim uma apatrida
Com o que vejo no mundo dolorida
Como me sinto por tudo tão cansada
Zedlav