quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Meus versos africanos
choram sim nossa terra
que um dia deixamos
a terra que tanto amamos

Amor único chorado
esse que nos roubaram
o cheiro da chuva na terra seca
o som do batuque, cadenciado

o cheiro da terra molhada
o por do sol avermelhado
os sons na noite misteriosa
o nascer do sol espreguiçado

pelos montes raiando
a vida, o começo
o sol, Santa Isabel coroando
nossos sonhos florescendo

Descobrimos a amizade
o amor...
nas ruas brincámos
saltamos, dançamos

mas essa amizade
floriu desabrochou
e tornou-se saudade
e o tempo mais ainda enraizou

e aquela vida terna
um dia findou
dela somente restou
uma forma de dor eterna
Zedlav