quinta-feira, 29 de março de 2007

Mulher
Acorrentada na treva
Desinibida mas cobarde
No amor se aferra
Do sonho se acorda
E a realidade é tão dura
Tão fria, tão amarga
Na mulher há a armadura
O escudo com que se protege
Das desilusões que a ferem
Mas tantos tramas se seguem
E a perseguem que se aniquila
E como uma flor ela vai esmorecendo
Sempre com aquele triste sorriso
Aquele esgar de dor em sua face
E aquela lacuna, só um riso
Ainda a estremece - os filhos
A sua carne, a sua ilusão
volta-se dedica-se a eles
E eles esquecem e se vão
E a Mãe esquecida e só, recorda
Aquelas suas recordações,tão suas
dão-lhe aquele esgar
Aquele triste sorriso de solidão

Zedlav