quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Uma pequena lágrima
Se soltou de minhas pestanas
Ao sabor do vento voou
P'ra lá foi, p'ra junto da tempestade

Eu vi-a tão cristalina, a lágrima
Indo, tomando várias formas
Há tempestade se misturou
Cintilando com reflexo do sol
Com uma grande majestade

Vi a tempestade chegando
Mas eu não me abriguei
Fiquei especada esperando
Até que então a alcancei

A lágrima e a tempestade eclodiram
Meus sentidos não a mediram
Pobremente e insegura
Em mim s'abateu com amargura

Quedei muito tempo pensativa
Tamborilando minhas ideias
Até afastá-las, pois eram mui feias
Parei no tempo, mas viva

A lágrima e a tempestade se foram
As pestanas com o tempo secaram
Eu voltei a sorrir...
Pois algo no amanhã há-de porvir
Zedlav