raiva
Vou lendo, lendo...
página a página devorando
sugestões querendo
antes que esquça o memorando
fecha-se a noite, abre-se o dia
que impressão me redime
olho o mar, busco o sol, o alento
quanta esperança baldada
Que é da alegria? O vulto dela?
p'la minha porta nunca passa
se passa é fugaz, como conhecê-la?
Quanta esmola vertendo
ninguém alcança, ninguém alumia
a procissão segue lá longe
Os humildes rastejando
suas mãos Deus procuram-seu guia
os fortes inculcam o mal qu'ingente alastra
E o sonho dentro de mim
qual preságio temeroso
maldições sem fim
neste mindo pavoroso
Dá-se honras a promiscuidade
alardeiam mulheres a sua imoralidade
chocam nossos principios d'civilização
asteiam sua bandeira de conspurcação
Ombreiam junto a nós
toldam nosso céu limpido
carne putrefacta sóis vós
zombam escarnecem do cupido
zedlav
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