QUERIDA MÃE
E quando o céu se torna plúmbleo
Lá longe, nos longes matagais
Onde a noite tudo fazia homogéneo
Ouviam-se então os uivos dos chacais
O céu se torna plúmbleo
E dentro da mata misteriosa
Onde os sons enchiam a noite
Ela estendia-se majestosa
E o céu mais estrelado ficava
Mas era escuro como bréu
O medo nos sons pairava
E tanto s'orava aos céus
De repente estoirava a batucada
Lá longe quando a noite descia
Na sanzala fervilhava a vida
Assim qu'a noite acontecia
Lá longe quando a noite descia
Os batuques retumbavam
pela noite dentro retumbavam
Eles falavam entre si disso eu sabia
As noites de batucada
Eram tristes disso eu sabia
Pois quando alguém morria
Eles tangiam até de madrugada
O sons nas matas propagaram
Cantando seu passado d'humilhãção
O batuque que entre si falavam
Eram sons de dor d'aflição
Zedlav
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