domingo, 10 de dezembro de 2006

A chuva voltou a cair
As folhas tombam amareladas
Formando um tapete multicor

Eu deixei-te finalmente partir
Com as faces de lágrimas orvalhadas
Meu coração roto de dor

Mas não mais me vou permitir
Cair, chorar, sorrir, amar!...
Altivamente e só, o caminho seguir
Sem nada...Nada..., que me faça parar

Voltarei a ser aquele ser
Que parece nada na vida sentir
Que absolutamente nada a enlouquece

Pedi tão pouco desse querer
Como de tanta dor fugir
Se ela até me entontece

Ouço-as teu nome soletrando
Tapo os ouvidos, mas elas não se calam
Agora mais com o vento soprando
Estas folhas cantam, falam...

Muito na vida perdi, mas isto foi surpresa
Sempre guerreei, lutei!...
Mas de repente parece que estou presa
Pois contigo me encantei

Encanto desencanto
Ilusão, desilusão
São somas e subtracções

Vou fechar-me num canto
Trancar para sempre meu coração
Rever e dar atenção a certas lições

Zedlav